O título parece uma redundância porque, salvo raras exceções, os mestres sempre foram amados pelos alunos, ao menos nos tempos de antigamente. E ele seria aplicável, por isso mesmo, a um grande número de mestras que pontificaram no ensino público e particular gonçalense, entre elas Maria Josepha da Conceição Guimarães Backer (mãe do futuro presidente – governador – Alfredo Backer, sepultada no cemitério de Santa Isabel), Corina Xerém, Leda Vargas Gianerini, Aurelina Dias Cavalcanti, Aída de Souza Faria, Aída Vieira de Souza, Maria Antunes, Estefânia de Carvalho e Albertina Campos.
O propósito, entretanto, é o de realçar uma outra que se destacou por 22 anos na preparação das novas gerações femininas em Pachecos, no século XIX: foi a professora Maria (Amália) de Sá (Bittencourt e Câmara) Earp, casada na Bahia por volta de 1854 com o inglês Silvano Earp, e com quem teve os filhos José, Sylvanus, Nancy, Artur, Roberto e Anna. Porém, dona Maria enviuvou em 11 de janeiro de 1867 e, sem meios de prover a numerosa família, decidiu mudar-se para a Corte. Mestra reconhecida em seu estado natal, aqui prestou concurso (e foi aprovada plenamente, como se dizia na época para o que chamaríamos hoje de louvor, com mais duas candidatas) perante o diretor da instrução pública da província, Tomás Gomes dos Santos, em 28 de fevereiro de 1868, para exercer o magistério na Província do Rio de Janeiro, numa época em que, lembre-se, uma professora (ou professor) percebia mensalmente o equivalente à metade dos vencimentos do Juiz de Direito, porque o Império prestigiava os mestres, e a República, embora tendo vindo também em nome da melhoria da educação, realizou exatamente o contrário, como se pode ver ainda hoje.
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